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Vende-se a Educação de São Paulo

    Por Alessandro Quadros

    Tarcísio de Freitas veio para destruir a educação no estado de São Paulo e ainda ganhar bastante com isso. Sua mais nova decisão, autocrática, sem consultar os professores, sem consultar as escolas estaduais, apenas baseada em suposições infundadas trazidas do Paraná pelo atual Secretário da Educação, Renato Feder, é de abandonar o material do MEC e usar material próprio. Teremos dois Brasis. Aguardem.

    A partir do 6º ano do ensino fundamental, o material será 100% digital. Parece uma revolução, não fosse o fato de que boa parte das escolas estaduais, quase a sua totalidade, não contam com boas redes de acesso à internet e carecem de materiais básicos de informática.

    Essas mesmas escolas, na sua maioria, fornecem papel higiênico rosa para a higiene íntima de seus alunos. Sim, aquele papel usado para lixar parede na falta de lixas comuns.

    Tarcísio de Freitas nomeou Renato Feder, o paranaense, para o cargo de Secretário de Educação do Estado de São Paulo. Renato Feder é sócio da Multilaser, empresa que tem contratos com governos estaduais, inclusive o de São Paulo, para o fornecimento de equipamentos de informática, como tablets, os mesmos equipamentos que serão usados nas escolas estaduais de São Paulo, entendeu? Esses tablets irão substituir em 100% os livros didáticos na educação de SP; Tarcísio de Freitas e Renato Feder farão a festa no estado de São Paulo.

    No programa do MEC, as redes municipais e estaduais escolhem os livros que estão no catálogo e recebem os materiais gratuitamente do governo federal, ou seja, não pagam nada por isso. Mesmo assim, Tarcísio de Freitas optou por rejeitar o material gratuito (grátis, sem custo, free) e comprar tablets da empresa da qual Renato Feder, o paranaense, é sócio. Com essa recusa, 1,4 milhão de alunos deixarão de receber livros físicos a partir do ano que vem. Terão que se contentar com tablets fornecidos pelo Feder, a mando de Tarcísio de Freitas.
    Sobre todos os alunos da rede estadual terem acesso ao material digital, Renato Feder informou que foram montadas três estratégias: “O primeiro item é que estamos adotando mais computadores, mais equipamentos nas escolas, para que eles possam usar dentro da escola. O segundo item é que estamos doando aparelhos para os mais necessitados. E o terceiro ponto é que as escolas estarão autorizadas a imprimir esse material nosso e entregar para os alunos que precisam”, diz.

    “Imprimir esse material”, diz Feder. Isso em escolas nas quais os próprios professores são obrigados a comprar papel sulfite para aplicação de provas e outras atividades. Esses mesmos professores são obrigados a compartilhar material básico próprio (comprado com seu dinheiro, como canetas e lápis) com alunos carentes.
    “Nenhum aluno vai ficar sem acesso ao conteúdo didático. Isso foi pensado para uniformizar e garantir esse material didático. Estamos para receber 60 mil computadores (vendidos pela Multilaser) até o fim de agosto. E a gente já se organizou para repassar dinheiro para as escolas para compra de papel, caso tenham necessidade de imprimir. Estamos fazendo todo esforço para que toda a rede, pelo menos 80%, tenha internet de alta velocidade nas escolas até o final de outubro”.

    Tudo isso em meio a um processo de desvalorização do professorado, perseguições, assédio, arrocho salarial, mordaça, violência e todo tipo de sorte inversa à categoria. O desmonte na educação iniciado no governo Bolsonaro, interrompido no atual governo Lula, parece estar surtindo efeito e fazendo vítimas no maior e mais rico estado da união. É lamentável.


    Alessandro Quadros é Publicitário e empresário do setor da comunicação.

    Os artigos e opiniões expressos nesta seção são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não refletem necessariamente a opinião do MDSN. O conteúdo aqui publicado tem o objetivo de estimular o debate e a diversidade de ideias.”

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