Por Esmael Morais
A tarde de hoje na Boca Maldita, em Curitiba, foi marcada por uma movimentação vibrante e determinada em oposição à privatização da Copel. Líderes e defensores da estatal energética se reuniram em um ato público, que ganhou força ao longo do tempo. Professores, funcionários de escolas e diversos outros manifestantes estiveram presentes, unidos em defesa da Copel pública. Desde o início, por volta das 17h30, a concentração contou com a presença maciça de pessoas engajadas nessa causa.
atmosfera fervorosa refletia o sentimento de todos os presentes, que expressavam suas opiniões e preocupações. Entre eles, as palavras impactantes do deputado Requião Filho (PT), que ressaltou a importância de manter a tarifa acessível, evitando o aumento abusivo nas contas de luz. Sua mensagem foi clara e objetiva: “Estou aqui para lutar contra tarifas exorbitantes e o roubo em nossas contas de energia.”
O deputado Arilson Chioratto, presidente do PT no Paraná, também se fez presente, destacando em suas palavras a relevância de manter a Copel como uma empresa pública. Segundo ele, os lucros obtidos pela estatal devem retornar à população, em forma de investimentos sociais e obras que beneficiem a comunidade. Essa visão é compartilhada por muitos, que acreditam que a Copel pública permite a implementação de políticas públicas e o desenvolvimento de regiões deprimidas economicamente.
Essa questão tem sido debatida intensamente nos últimos meses e ganhou ainda mais atenção ontem, durante o PodCast do Esmael, onde Nelton Friedich, Requião, Arilson, Requião Filho, e Isis Passos, da Família Passos, que é funcionária da Copel, expuseram suas opiniões. A voz dessas pessoas ressoou na Boca Maldita, onde funcionários da Copel, consumidores e cidadãos comuns pararam para ouvir e participar da manifestação. A unanimidade em relação à venda da Copel era evidente.
Requião também fez questão de expressar sua posição de forma incisiva: “Privatizá-la seria permitir que um grupo seleto de pessoas sempre lucre à custa do aumento das tarifas, como uma espécie de ‘chupa-cabra’. Precisamos levar energia para o interior do Paraná.” Ele ressaltou ainda que, embora Lula tenha denunciado essa maracutaia, o decreto de Bolsonaro, emitido em 26 de dezembro de 2022, ainda está em vigor. Requião fez um apelo a Lula para que revogue esse decreto, pois a venda da Copel é parte do projeto de Bolsonaro. Ele destacou a importância estratégica da empresa para a economia paranaense e para as futuras gerações.
A resistência à privatização da Copel vai além das fronteiras do Paraná. Também estão em jogo a Cemig em Minas Gerais e a Celesc em Santa Catarina. Os manifestantes estão focados em pressionar Lula para evitar que essas empresas sejam entregues ao setor privado, pois reconhecem a eficiência e a lucratividade da Copel, como afirmado pela Agência Nacional de Energia (ANEL).