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Lula: É preciso que os Estados Unidos parem de incentivar a guerra

    O presidente Lula defendeu que os Estados Unidos e países europeus parem de enviar armas para a Ucrânia e passem a buscar, junto com outros países, “um jeito de fazer a paz”.

    “É preciso que os Estados Unidos parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz. É preciso que a União Europeia comece a falar em paz, para a gente poder convencer Putin e Zelensky que a paz interessa a todo mundo e que a guerra por enquanto só está interessando aos dois”, apontou Lula, em conversa com jornalistas na capital chinesa.

    Para ele, “é preciso que se constitua um grupo de países dispostos a encontrar um jeito de fazer a paz” entre a Rússia e a Ucrânia. A guerra já dura quase 14 meses.

    “É preciso ter paciência para conversar com os presidentes da Rússia e da Ucrânia, mas é preciso, sobretudo, convencer países que estão fornecendo armas e incentivando a guerra a pararem”, continuou o presidente.

    Lula está, junto com uma comitiva de 73 lideranças políticas, na China. Na sexta-feira (14), ele se encontrou pessoalmente com o presidente Xi Jinping para a assinatura de 15 acordos e parcerias.

    Um dos temas tratados na reunião foi o dos esforços que o Brasil e a China podem fazer para que a paz seja alcançada.

    Na avaliação de Lula, tanto a China quanto os Estados Unidos têm “um papel importante” para o restabelecimento da paz entre a Rússia e a Ucrânia.

    Na viagem, os governos também conversaram sobre a realização de trocas comerciais sem o uso do dólar.

    “Um país do tamanho da China e do tamanho do Brasil não precisa negociar com base no dólar. Você pode ter uma moeda criada que pode ser organizada pelo Banco Central dos 2 países. E a gente fazer nossas trocas comerciais nas nossas moedas”, afirmou Lula em entrevista a uma emissora chinesa.

    “Quando converso com os Estados Unidos, não me preocupa o que a China vai pensar. Estou conversando sobre os interesses soberanos do meu país. Quando converso com a China, também não me preocupa o que os Estados Unidos estão pensando. É assim que fazem todos os países”, disse a jornalistas, no sábado (15).

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