Em prol da maior integração sul-americana e de uma política externa forte, Lula coloca Brasil de novo no grupo; Argentina também anuncia retorno
O governo Lula deu mais passo para acabar com o ostracismo em que o governo Bolsonaro colocou o Brasil nos últimos anos nas relações internacionais. No dia 6 de maio o país volta a fazer parte da Unasul, União de Nações Sul-Americanas, após 4 anos fora do grupo.
O presidente Lula assinou o decreto nº 11.475 que promulga o Tratado Constitutivo da Unasul de reintegração ao grupo que foi criado durante o seu segundo mandato como presidente.
O tratado que criou a Unasul em 2008 unia os 12 Estados da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
A saída do Brasil ocorreu em 2019 por decisão do governo anterior. Outros países também saíram ao longo dos anos.
A Argentina também anunciou o retorno ao bloco. De acordo com o Chanceler argentino, Santiago Cafiero, o país volta para “promover a revitalização institucional” da Unasul “e construir uma região cada vez mais integrada”.
Atualmente a Unasul conta com a Bolívia, Guiana, Suriname e Venezuela, além do Peru, que se encontra suspenso.
O objetivo da Unasul é fomentar a integração entre os países sul-americanos, em um modelo que busca integrar as duas uniões aduaneiras do continente, o Mercosul (Mercado Comum do Sul) e a CAN (Comunidade Andina), mas indo além da esfera econômica, para atingir outras áreas de interesse, como social, cultural, científico-tecnológica e política.