Visita do presidente Lula ao Complexo Naval de Itaguaí sela apoio do governo ao projeto de submarino nuclear. Para analista, Brasil luta para desenvolver tecnologia própria e não recebe produto pronto, como será o caso do submarino que a Austrália comprará dos EUA.
Nesta segunda-feira (27), oficiais da Marinha e da estatal Nuclebrás Equipamentos Pesados (NUCLEP) se reuniram no Complexo Naval de Itaguaí para debater o destino do programa de submarino nuclear brasileiro, informou o portal Defesa em Foco.
Criado em 2008 durante o segundo mandato de Lula, o programa de submarino nuclear brasileiro é considerado essencial para a segurança do Atlântico Sul.
“O programa do submarino é o grande programa estratégico da Marinha brasileira e, se considerarmos os recursos e tempo investidos, é o principal militar brasileiro”, disse o professor da UNICAMP e pesquisador da área de indústria aeroespacial e de defesa, Marcos José Barbieri Ferreira
O programa, chamado PROSUB, inclui a construção de um estaleiro, uma base de operação, a construção de quatro submarinos convencionais e, claro, do submarino à propulsão nuclear Almirante Álvaro Alberto.
“O estaleiro já está construído, fica em Itaguaí, ao lado da NUCLEP. Dois submarinos convencionais estão prontos: o Riachuelo, que está em operação, e o Humaitá, ainda em fase de testes”, informou Barbieri. “Os próximos submarinos convencionais serão entregues em 2024 e 2025 e o nuclear em 2029.”
Em função de alegadas animosidades entre setores militares e o partido do presidente da República, houve quem duvidasse da manutenção do projeto no governo Lula 3. Para reafirmar seu compromisso, Lula visitou o Complexo Naval de Itaguaí na semana passada e garantiu a manutenção dos investimentos na área de defesa.
“O programa foi criado no governo Lula, durante as gestões dos ministros [da Defesa] Jobim e Mangabeira Unger”, lembrou Barbieri. “A visita de Lula a Itaguaí, com uma comitiva grande de deputados e senadores, é um sinal claro de que o projeto é visto como estratégico e terá apoio.”
Apesar do envolvimento do Palácio do Planalto ser essencial para a execução do PROSUB, ele pode trazer a reboque a lógica do toma-lá-dá-cá. Segundo o jornal Estado de São Paulo, deputados do Centrão disputam nomeações para a diretoria da NUCLEP, empresa essencial para a construção do submarino nuclear brasileiro.
“O programa foi criado no governo Lula, durante as gestões dos ministros [da Defesa] Jobim e Mangabeira Unger”, lembrou Barbieri. “A visita de Lula a Itaguaí, com uma comitiva grande de deputados e senadores, é um sinal claro de que o projeto é visto como estratégico e terá apoio.”
Apesar do envolvimento do Palácio do Planalto ser essencial para a execução do PROSUB, ele pode trazer a reboque a lógica do toma-lá-dá-cá. Segundo o jornal Estado de São Paulo, deputados do Centrão disputam nomeações para a diretoria da NUCLEP, empresa essencial para a construção do submarino nuclear brasileiro.