A apresentação dos resultados da Copel referente ao quarto trimestre do ano passado trouxeram dados mostrando que a empresa bateu novo recorde de lucro. Mostrou também que 84,4% desse lucro fica na mão dos acionistas e apenas 4% é revertido em participação para os funcionários.
Apresentou ainda o cronograma de privatização da empresa. Iniciado em novembro de 2022 após autorização da Alep, tem previsão de ser vendida a maior parte das ações em outubro deste ano.
Atualmente, a empresa e assessorias especializadas desenvolvem trabalhos de valuation e due dilligence para a definição dos Bônus de Outorga das demais usinas pelo MME. Segundo o presidente Daniel Slaviero, se apresenta “a oportunidade de atuarmos como um player privado no ambiente altamente competitivo do setor elétrico, que já é composto majoritariamente por empresas privadas, nos permitirá obter maiores ganhos de eficiência e alavancar as condições de investimento”.
Em meio a isso, a empresa deve abrir um processo de demissões voluntárias (PDV) por cinco anos e tem reduzido ano após ano a participação dos funcionários de um lado enquanto, do outro, estabelece metas sem alcance, como em 2022.
A pergunta que fica é: O QUE PODE SER FEITO?
Entre as muitas possibilidades, dois caminhos têm sido tomados. Em um, a Oposição na Alep tenta, junto ao Governo Federal, reverter a autorização e impedir a oferta de ações que retirará do Paraná o controle da Copel. Em outro caminho, o Fórum Popular em Defesa da Copel procura mobilizar os paranaenses sobre o risco de “a joia do estado” ser entregue aos interesses dos acionistas.
Neste vídeo, o engenheiro eletricista Sérgio Inácio Gomes, em seu canal no Youtube, explica o que é o Fórum e como impedir o progresso da movimentação que pretende privatizar a Copel. Segundo o especialista, que é autor do livro “A Copel é Nossa”, é importante debater “o que deve acontecer para que o povo participe de ações na defesa de Copel e pelo resgate de grandes patrimônios públicos, como é o caso da Eletrobras”.