As centrais sindicais estão organizando uma manifestação em frente ao Banco Central, em São Paulo, contra os juros altos da taxa Selic, que deve ser reavaliada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), em reunião prevista para o próximo dia 21 de março.
Os atos têm o objetivo de pressionar o Copom a reduzir a taxa básica de juros (Selic). A mobilização também pede a saída do atual presidente do BC. “Queremos que o Copom nos ouça. É importante o BC ouvir os empresários e a Faria Lima, mas é preciso ouvir a classe trabalhadora também”, disse Sérgio Nobre, presidente da CUT.
“Faremos um movimento no sentido de pressionar o governo para estabelecer o fim da autonomia do Banco Central. A nossa intenção é de que essa taxa de juros seja rebaixada, pare de aumentar e incentive a retomada da industrialização no país”, afirma o vice-presidente nacional e presidente da CTB-SP, Rene Vicente.
“A pauta principal das centrais sindicais é a luta política pela retomada do desenvolvimento econômico, com valorização do trabalho e distribuição de renda. Para tanto, não abrimos mão da retomada do controle do Banco Central, pelo fim da autonomia e pelo fim da política do teto de gastos”, completou Rene.
De acordo com matéria do Estado de SP, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, sugeriu às centrais sindicais fazer uma “sardinhada” na porta da unidade do Banco Central em São Paulo. Serão assados 300 kg de sardinha em frente ao edifício, localizado na Av. Paulista. Segundo Torres, a intenção é mostrar que “enquanto os tubarões lucram com os juros altos, o povo só come sardinha”.
Além da sede em Brasília, o BC tem representações em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Belém, Salvador, Fortaleza e Recife.