Jornal foi peça central na quebra da ordem democrática no Brasil
O jornal O Globo, que exerceu papel decisivo na quebra da ordem democrática brasileira, ao apoiar o golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff e a prisão política de Luiz Inácio Lula da Silva para que o choque neoliberal de Michel Temer e Jair Bolsonaro fosse levado adiante, com resultados desastrosos na economia e na imagem do Brasil, tenta nesta sexta-feira, em editorial, sustentar a maior fake news da história recente do Brasil: a de que o golpe de estado de 2016 teria sido, na verdade, um “impeachment”.
“Até as paredes depredadas do Palácio do Planalto sabem que a ex-presidente Dilma Rousseff foi afastada por um processo de impeachment, movido pelo Congresso Nacional de acordo com todas as regras previstas na Constituição e na legislação, referendadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF)”, quando, na verdade, até as paredes do jornal O Globo sabem que Dilma foi afastada por uma conspiração golpista, da qual fizeram parte PSDB, a ala de Michel Temer no MDB e boa parte da imprensa corporativa.
O objetivo do golpe de estado foi transferir a renda do petróleo brasileiro para os acionistas minoritários da Petrobrás, retirar direitos dos trabalhadores e, desta maneira, reforçar a rentabilidade dos setores empresariais, que também apoiaram o processo golpista.
“Lula fez campanha, arregimentou apoio de amplos espectros da sociedade e se elegeu presidente defendendo a democracia e a Constituição, em contraponto aos arroubos golpistas do adversário, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Não pode, agora já eleito, querer estabelecer uma nova verdade para fatos históricos, como numa distopia orwelliana”, escreve ainda o editorialista do jornal O Globo, inconformado com a luta do presidente Lula para repor a verdade histórica diante da distopia orwelliana que foi criada pela mídia corporativa brasileira.