Por Hora do Povo
Adilson, da CTB, empolgou o plenário quando propôs que Lula repetisse Getúlio e anunciasse a política de aumento real do salário mínimo no Itaquerão
Foi palpitante o reencontro de Lula com o movimento sindical nesta quarta-feira ensolarada, dia 18, no Palácio do Planalto. Impossível não contrastar com a invasão das hordas fascistas bolsonaristas que, no dia 8 de janeiro, produziram – melhor seria, expeliram – imagens kaficanianas em cadeia nacional.
Lula, aos dezoito dias de governo, recebeu 600 sindicalistas indicados pelas centrais sindicais e por entidades representativas dos trabalhadores em aplicativos e plataformas digitais. Aberto por Sérgio Nobre, presidente da CUT, foi um ato também de solidariedade dos sindicalistas ao presidente Lula e de saudação ao ministro Luiz Marinho pelo primeiro passo na reconstrução do destruído Ministério do Trabalho.
Foi singular o debate sobre a implementação das promessas de Lula na campanha eleitoral. Já, de concreto, foram constituídos oficialmente comissões tripartites, com prazo para entregar ao presidente da República propostas unitárias que incluem: uma política permanente de aumento real do salário mínimo, discussão do fortalecimento da negociação coletiva e da representatividade dos sindicatos e a regulamentação dos trabalhadores em plataformas digitais. O governo irá agilizar também as medidas para isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.
A conversa começou ali mesmo. Lula antecipou que considera um crime que os trabalhadores em assembleia da categoria sejam impedidos de decidir sobre a contribuição para custear suas entidades sindicais. Adilson, presidente da CTB, empolgou o plenário quando propôs que Lula repetisse o presidente Getúlio Vargas e anunciasse a política de aumento real do salário mínimo no Itaquerão, campo do Corinthians, que tem Lula como torcedor. Getúlio fez o anúncio, à época, em São Januário, no Rio, estádio do Vasco da Gama
O bom é assistir a seguir, com calma, as intervenções. Vale a pena.
CARLOS PEREIRA