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MOVIMENTO EM DEFESA DA SOBERANIA NACIONAL

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Lula reúne 27 governadores e vices contra o terrorismo: “eles querem golpe e não vai ter”

     Por Hora do Povo

    Depois da reunião, Lula convidou os governadores para irem a pé vistoriar o que os vândalos, terroristas e fascistas fizeram no STF e prestar solidariedade à presidente da Corte, Rosa Weber

    O tiro saiu pela culatra. O extremismo, o terrorismo e o fascismo foram derrotados. A mesma rampa que foi usada por terroristas que depredaram o Palácio do Planalto, no domingo (8), foi usada, nesta segunda-feira (9), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os 27 governadores de Estado que a desceram para ir a pé até o Supremo Tribunal Federal (STF) prestar solidariedade à Corte Suprema do País, que fica a cerca de 300 metros do Planalto.

    Este foi um dos gestos mais simbólicos depois da tentativa de os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) terem invadido e depredado as sedes dos Três Poderes da República — o Legislativo (Congresso), o Executivo (Palácio do Planalto) e o Judiciário (STF).

    “Eles querem golpe [de Estado] e não vai ter”, enfatizou Lula, que depois da breve fala convidou a todos os presentes à reunião a irem a pé até o STF.

    No discurso aos governadores, o presidente Lula agradeceu pela solidariedade prestada e criticou duramente os terroristas.   

    “Vocês vieram prestar solidariedade ao país e à democracia. O que nós vimos ontem foi uma coisa que já estava prevista. Isso tinha sido anunciado há algum tempo atrás. As pessoas não tinham pauta de reivindicação. Eles estavam reivindicando golpe, era a única coisa que se ouvia falar”, assinalou.

    O presidente também enfatizou a necessidade de desmascarar e punir os financiadores dos atos golpistas. E criticou com firmeza a omissão e a negligência das autoridades de segurança de Brasília diante dos golpistas bolsonaristas. “A polícia de Brasília negligenciou. A inteligência de Brasília negligenciou. É fácil a gente ver os policiais conversando com os invasores. Não vamos ser autoritários com ninguém, mas não seremos mornos com ninguém. Nós vamos encontrar quem financiou [os atos golpistas]”, frisou.

    “Nós não vamos permitir que a democracia escape das nossas mãos, porque é a única chance de a gente garantir que esse povo humilde consiga comer três vezes ao dia, ou ter direito de trabalhar”, continuou Lula em pronunciamento no final da reunião.

    “Em nome de defender a democracia, não vamos ser autoritários com ninguém, mas não seremos mornos com ninguém. Vamos investigar e vamos chegar a quem financiou”, prosseguiu.

    O presidente responsabilizou Bolsonaro pelos ataques golpistas dos seu aliados no domingo. Sem citar o nome do ex-presidente golpista, Lula disse que “o que estamos fazendo aqui é tentar reparar um defeito de lá atrás, quando se começou a se negar tudo neste país”. E citou que, após o resultado da eleição, uma parte dos apoiadores de Bolsonaro “começou a reivindicar a negação da urna eletrônica”, mas “já foi provado que é a coisa mais evoluída em termos eleitorais”.

    “O que eles querem é golpe, e golpe não vai ter”, completou Lula.

    O governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), que articulou o encontro, e fez uma fala representando os governadores da Região Norte, disse que a defesa da democracia foi o que uniu todos no ato.

    “É importante ressaltar que este fórum [de governadores] se reúne respeitando as diversas matizes políticas que compõem a pluralidade ideológica e partidária do nosso país, mas todos têm uma causa inegociável, que nos une: a democracia”, destacou

    Pela Região Sul, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), destacou ações conjuntas deflagradas pelos Estados para manter a ordem no Distrito Federal e desmobilização de acampamentos golpistas nas unidades da federação. “Além de estar disponibilizando efetivo policial, estamos atuando de forma sinérgica em sintonia para a manutenção da ordem nos nossos estados”, disse Leite.

    BOLSONARO ISOLADO

    Ex-ministro e aliado de Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também discursou representando os govenadores dos Estados da região Sudeste.

    “Estou muito feliz de estar participando dessa reunião e enaltecer a capacidade de diálogo. Peço a Deus que nos proporcione sabedoria para que a gente construa a pacificação. Lembrando que a pacificação demanda gestos, gestos de todos, do Legislativo, Executivo, Judiciário, estados”, disse.

    OBJETIVO DA REUNIÃO

    O encontro foi acertado durante reunião do Fórum de Governadores, ainda na noite do domingo.

    “O Fórum dos Governadores se reuniu agora à noite e reafirma indignação e repúdio veementes diante dos atos golpistas, terroristas ocorridos em Brasília que afrontam a nossa Constituição”, disse a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), por meio do Twitter.

    Segundo a governadora Fátima Bezerra, os governadores decidiram convocar o encontro para unir esforços ao lado dos ministérios para manter a capital federal em segurança, punir os envolvidos nos atos antidemocráticos e recuperar os prédios depredados.

    RECONSTRUÇÃO DO STF

    Depois da fala do governador do Estado do Pará, Helder Barbalho (MDB), a presidente do STF, Rosa Weber, agradeceu a iniciativa dos governadores e disse que a destruição do plenário da Corte a “entristeceu de maneira enorme”.

    “Nosso prédio histórico, seu interior, foi praticamente destruído. Em especial, o nosso plenário. Essa simbologia a mim entristeceu de maneira enorme, mas quero assegurar que vamos reconstruir”, afirmou a presidente do Supremo.

    INTERVENÇÃO FEDERAL

    O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reforçou que as instituições não vão parar e destacou que os deputados federais participarão de sessão extraordinária ainda na noite desta segunda-feira para aprovar a intervenção federal na segurança do DF.

    “Votaremos simbolicamente, por unanimidade, para mostrar que a ‘casa do povo’ está unida em defesa de medidas duras contra esse pequeno grupo radical”, disse.

    A intervenção já está em vigor, mas precisa do aval da Câmara e do Senado para continuar valendo. A medida foi decretada por Lula no domingo, depois das invasões e depredações às sedes dos Três Poderes.

    TODOS OS GOVERNADORES

    Foi destacado na fala do governador do Estado do Pará, Helder Barbalho (MDB), os governadores e vice-governadores das 27 unidades federativas presentes no encontro:

    1. Antônio Denarium (PL), governador de Roraima

    2. Carlos Brandão (PSB), governador do Maranhão

    3. Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná (voo atrasado)

    4. Celina Leão (PP), governadora em exercício do Distrito Federal

    5. Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro

    6. Clécio Luís (Solidariedade), Governador do Amapá

    7. Augusto Leonel de Souza Marques, Sibra (superintendente de Integração do Estado de Rondônia em Brasília) – governador de Rondônia mandou representante

    8. Daniel Vilela (MDB), vice-governador de Goiás

    9. Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul

    10. Eduardo Riedel (PSDB), governador do Mato Grosso do Sul

    11. Elmano de Freitas (PT), governador do Ceará

    12. Fábio Mitidieri (PSD), governador de Sergipe

    13. Fátima Bezerra (PT), governadora do Rio Grande do Norte

    14. Mailza Assis (PP), vice-governadora do Acre

    15. Helder Barbalho (MDB), governador do Pará

    16. Jerônimo Rodrigues (PT), governador da Bahia

    17. João Azevedo (PSB), governador da Paraíba

    18. Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina

    19. Otaviano Pivetta (União), vice-governador de Mato Grosso

    20. Paulo Dantas (MDB), governador de Alagoas

    21. Rafael Fonteles (PT), governador do Piauí

    22. Raquel Lyra (PSDB), governadora de Pernambuco

    23. Renato Casagrande (PSB), governador do Espírito Santo

    24. Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais

    25. Tarcísio de Freitas (PL), governador de São Paulo

    REUNIÃO AMPLA

    Além de todos os governadores participaram da reunião:

    • o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB);
    • a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber;
    • os ministros do STF Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso;
    • o presidente do Senado em exercício, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB);
    • o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL);
    • o procurador-geral da República, Augusto Aras;
    • o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT);
    • o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT);
    • o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB);
    • o líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (Rede); e
    • e o presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, prefeito de Aracaju Edvaldo Nogueira (PDT).

    M. V.

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