Nas palavras do presidente eleito, os escalados têm como missão “consertar o Brasil e investir nas coisas realmente importantes para o povo”.
por Bárbara Luz
Para reconstruir o país, o governo do presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), precisa contar com um time de ministros comprometidos com a população brasileira.
Confira abaixo os nomes escalados para ajudar na missão de “consertar o Brasil e investir nas coisas realmente importantes para o povo”, segundo Lula.
Alexandre Padilha (PT): Secretaria de Relações Institucionais
Médico formado pela Unicamp, Alexandre Padilha foi coordenador Geral da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina em 1990 coordenador do Diretório Central de Estudantes da Unicamp e membro do Diretório Estadual do Partido dos
Trabalhadores (PR) de São Paulo entre 1991 e 1993. Foi membro da coordenação nacional das campanhas à Presidência da República de Luiz Inácio Lula da Silva em 1989 e em 1994 Entre 2000 e 2004 foi coordenador de Projetos de Pesquisa, Vigilância e Assistência em Doenças Tropicais, no Pará, o programa da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Filiado ao PT desde 1988 foi reeleito deputado federal com 140.037 votos em 2022 Anteriormente, durante os governos do PT, foi ministro chefe da Secretaria de Relações Institucionais de Lula 2009 e ministro da Saúde de Dilma (2011). Durante sua gestão, defendeu a ampliação do acesso à rede de saúde pública e farmácias populares, principalmente em pequenos munícipios e regiões periféricas. Além disso, realizou o lançamento do programa Mais Médicos.
O ministro atua como professor universitário de graduação da Universidade Nove de Julho e da Faculdade São Leopoldo Mandic. Padilha também é colaborador das disciplinas de mestrado de saúde coletiva da Unicamp.
Alexandre Silveira (PSD): Ministério de Minas e Energia
Um dos fundadores do PSD, é atualmente o presidente do partido em Minas Gerais (Foi deputado federal por dois mandatos (2007-2014) e assumiu como senador em fevereiro de 2022, após o titular do cargo, Antônio Anastasia, ser nomeado ministro do TCU. No início do ano, esteve próximo do Governo Bolsonaro e recebeu o convite para assumir a liderança do governo, mas recusou. É próximo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD MG). Silveira disputou o Senado em 2022 mas não foi eleito.
Silveira trabalhou no primeiro governo de Lula, ocupando o cargo de diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) entre 2004 e 2006. Fez parte da equipe de transição no grupo técnico de infraestrutura. Mais recentemente, foi relator da “PEC de Transição” no Senado.
Em 2021 manteve reuniões com representantes de Furnas (subsidiária da Eletrobras no Estado de MG) para discutir geração hidrelétrica no “Lago de Furnas”. Em 2022 defendeu que os dividendos da Petrobras sejam usados pelo governo federal para compensar os estados, dada a perda de arrecadação causada pela redução do ICMS sobre energia e combustíveis. Na ocasião, ele criticou a atual política de preços de combustíveis da Petrobras (preço de paridade de importação- PPI).
Ana Moser: Ministério do Esporte
Ana Moser tem 54 anos e é ex-atleta de voleibol. Foi capitã da seleção brasileira de vôlei e conquistou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996 além de vice campeã mundial em 1994 e tricampeã do Grand Prix Em 2009 entrou para o Hall da Fama do voleibol.
É presidente do Instituto Esporte Educação (ONG criada em março de 2001 que desenvolve diversos projetos de atendimento direto a crianças e adolescentes em atividades esportivas e socioeducativas, formação de professores e estagiários, sensibilização de políticas públicas e desenvolvimento de metodologia de esporte educacional.
Em 2005, em parceria com a Unicef e com o canal ESPN Brasil, criou a Caravana do Esporte, “movimento de ação e mobilização social pelo direito das crianças ao esporte, ao lazer, à educação e à cultura”. Também atuou à frente da ONG Atletas Pelo Brasil, sendo uma das articuladoras da sociedade civil em prol da Lei Geral do Esporte e do Plano Nacional do Desporto.
Moser não tem filiação partidária. Na área pública, atuou como diretora do Centro Olímpico do Parque do Ibirapuera, vinculado à Secretaria de Esportes de São Paulo, e integrou o Conselho Nacional do Esporte do Ministério do Esporte.
André de Paula (PSD): Ministério da Pesca e Aquicultura
André Carlos Alves de Paula Filho nasceu no Recife e tem 61 anos Deputado federal desde 1999 foi vereador do Recife de 1989 a 1991 e deputado estadual de 1991 a 1999 É formado em direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Antes, foi secretário estadual de Produção Rural e Reforma Agrária e das Cidades É presidente do diretório estadual de seu partido Antes do PSD, foi do PFL Em 2022 André de Paula disputou o Senado por Pernambuco, na chapa da candidata ao Governo Marília Arraes, do Solidariedade, que acabou derrotada no segundo turno
André de Paula é muito próximo do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que avalizou sua indicação para o primeiro escalão do Governo Lula.
Anielle Franco: Ministério da Igualdade Racial
Ativista de direitos humanos, participou da equipe de transição do Governo Lula, atuando no grupo que tratou de políticas para as mulheres. Anielle ressaltou a importância da participação de mulheres e pessoas negras nos espaços de poder.
Anielle é irmã de Marielle Franco e diretora do Instituto de mesmo nome, que promove uma série de atividades culturais e educacionais para crianças como cineclubes, rodas de conversa, oficinas com contação de histórias e lançamentos de livros Entre os projetos está o curso de formação política para meninas periféricas, mulheres negras e comunidade LGBTQIA+.
Afirmou que trabalhará em conjunto com outros ministérios para avançar “na garantia de direitos e dignidade para construir o Brasil do futuro.
Sua gestão na pasta terá como principal objetivo garantir os direitos das pessoas negras de bem viver, de oportunidades, com segurança, comida, educação, emprego, cultura, dignidade. Terá como foco específico conectar e potencializar as mulheres negras, pessoas LGBTQIAP+ e periféricas, assim como faz no Instituto Marielle.
Camilo Santana (PT): Ministério da Educação
Camilo Santana nasceu no Crato, interior do Ceará, em junho de 1968. Formou se em Agronomia na Universidade Federal do Ceará e é mestre em desenvolvimento e meio ambiente pela mesma instituição de ensino Servidor público do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (iniciou sua trajetória política em 2006 quando assumiu a Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Estado.
Em 2010 foi o deputado estadual mais votado Ligado ao clã dos Ferreira Gomes, em 2012 esteve à frente da Secretaria das Cidades na gestão de Cid Gomes ( Em 2014 elegeu se governador do Ceará e foi reeleito em 2018 Ganhou a confiança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva pelas boas práticas e projetos bem sucedidos na área de Educação no Estado.
Integrou a equipe do governo de transição como um dos coordenadores do grupo técnico de Desenvolvimento Regional Nas eleições deste ano, Camilo Santana foi eleito senador pelo Ceará.
Carlos Fávaro (PSD): Ministério da Agricultura e Pecuária
Agropecuarista, nascido em Bela Vista do Paraíso, no Paraná, ele é representante de Mato Grosso no Senado desde abril de 2020. Antes disso, Fávaro foi vice-governador de Mato Grosso, entre janeiro de 2015 e abril de 2018 na gestão de Pedro Taques (SD).
Em abril de 2016 foi nomeado secretário de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, cargo que ocupou até dezembro de 2017. Nas eleições de 2018 disputou uma das vagas ao Senado, mas não conseguiu se eleger. Em 2019 foi escolhido para chefiar o Escritório de Representação de Mato Grosso (Ermat) em Brasília
Em abril de 2020 após a cassação do mandato da senadora Selma Arruda pelo TSE, tomou posse do mandato como Senador da República substituto.
Na eleição suplementar foi o candidato mais votado. No Senado, foi membro titular das comissões de Meio Ambiente (CMA), Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR).
Em novembro de 2022 foi nomeado pelo vice-presidente da República eleito, Geraldo Alckmin, coordenador do Grupo Técnico de Trabalho da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Gabinete de Transição Governamental Atualmente, cursa graduação de Tecnologia em Gestão Pública no Centro Universitário da Grande Dourados.
Carlos Lupi (PDT): Ministério da Previdência Social
Já exerceu os cargos de ministro do Trabalho e Emprego, secretário de Transportes da Prefeitura do Rio de Janeiro, deputado federal e foi o primeiro suplente do senador Saturnino Braga, antes de assumir a presidência nacional do PDT, em 21 de junho de 2004, quando Leonel Brizola morreu cargo – para o qual vem se reelegendo desde então, por unanimidade.
É formado em Administração, com licenciatura plena em Administração, Economia e Contabilidade, pela faculdade do Centro Educacional de Niterói (FACEN). Teve uma banca de jornais no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro, onde conheceu Leonel Brizola e, com ele, fundou o PDT em 1979.
Em 1990 elegeu se deputado federal Dois anos depois, licenciou se da Câmara para assumir a Secretaria de Transportes da Prefeitura do Rio de Janeiro, na gestão de Marcello Alencar Em 2002 disputou sem sucesso o Senado e, em 2006 se candidatou ao Governo do RJ, sem conseguir se eleger. No comando do PDT, levou o partido a apoiar a reeleição de Lula, em 2006 e foi indicado no ano seguinte para o Ministério do Trabalho e Emprego, cargo que ocupou por quatro anos. Em 2010 e 2014 apoiou a candidatura de Dilma Rousseff e, em 2018 e 2022 deu suporte à candidatura de Ciro Gomes.
Cida Gonçalves: Ministério das Mulheres
Aparecida tem 60 anos e nasceu em São Paulo, mas sua atuação política é no Mato Grosso do Sul Foi membro do GT de Mulheres no Governo de Transição de Lula (PT) Já foi candidata ao cargo de vereadora no Mato Grosso do Sul em 1988 e 2000 e em 1986 concorreu ao cargo de Constituinte pelo PT, sendo a única mulher candidata do partido, porém não foi eleita.
No Mato Grosso do Sul, já assumiu cargo de direção e ajudou a fundação da Central dos Movimentos Populares no Brasil. Também esteve à frente da direção nacional em outros momentos, além de ter colaborado na criação da Subsecretaria da Mulher no governo de Zeca do PT no Mato Grosso do Sul, gestão de 1998 a 2002.
Já foi Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres nos governos Lula e Dilma Roussef, assessora da Coordenadoria de Atendimento à Mulher da Secretaria de Assistência Social Cidadania e Trabalho, no período de 2001 a 2002 e assessora da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Mulher no governo de Mato Grosso do Sul, entre 1999 e 2000.
Atualmente, trabalha como consultora em políticas públicas para o enfretamento da violência doméstica e dá workshops às prefeituras e governos estaduais para atuação na área, como Presidente da Xaraés Consultoria e Projetos.
Daniela do Waguinho (União Brasil): Ministério do Turismo
É formada em Pedagogia pela Associação Brasileira de Ensino Faculdades Integradas de Nilópolis e tem pós-graduação em Psicomotricidade pela Universidade Cândido Mendes.
Reeleita para seu segundo mandato como deputada federal em 2022 foi a mais votada do estado do Rio de Janeiro, com 213, 7 mil votos.
Foi secretária de Assistência Social e Cidadania de Belford Roxo entre 2017 e 2018 na primeira gestão de seu marido, Waguinho, na prefeitura do município. Tem como principais bandeiras políticas a assistência social, proteção à família, educação e a defesa dos direitos da mulher.
É evangélica e tem dois filhos. No segundo turno das eleições, seu marido, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho, declarou apoio a Lula. Integra o União Brasil desde 2022 Antes, passou pelo MDB, PR e PSC.
Esther Dweck: Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos
Esther Dweck tem 45 anos, é doutora em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006) e professora associada da mesma instituição. É coordenadora do Grupo de Pesquisa em Economia do Setor Público da UFRJ e tem experiência de pesquisas sobre regime fiscal, participação do Estado e crescimento liderado pela demanda.
Integrou a coordenação do grupo técnico de planejamento, orçamento e gestão do gabinete de transição. Exerceu os cargos de Chefe da Assessoria Econômica (2011-2014) e Secretária de Orçamento Federal (2015-2016) ambos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, durante o governo da Presidente Dilma Rousseff (PT).
Juntamente com os economistas Ana Luíza Matos de Oliveira e Pedro Linhares Rossi, organizou o livro “Economia Pós Pandemi: desmontando os mitos da austeridade fiscal e construindo um novo paradigma econômico” com uma proposta desenvolvimentista para a superação da crise econômica causada pela pandemia.
O Conselho Federal de Economia (Cofecon) concedeu a Esther o prêmio de Mulher Economista de 2021 Na época, ressaltou que o prêmio não era só para si, mas uma luta coletiva Seu nome obteve apoio do Movimento Elas no Orçamento iniciativa colaborativa, apartidária e voluntária criada por mulheres da área de planejamento, orçamento e finanças públicas.
Fernando Haddad (PT): Ministério da Fazenda
Haddad atuou como Ministro da Educação (2005-2012) nas gestões Lula e Dilma Rousseff e foi prefeito por um mandato (2013-2017) da cidade de São Paulo.
Em 2018, Haddad foi o candidato do PT à presidência e chegou ao segundo turno, quando perdeu para Bolsonaro (PL). Este ano, Haddad concorreu ao governo do estado de SP e, apesar de ter perdido no segundo turno, obteve o melhor resultado da história para o PT em uma eleição no estado de SP (45%).
Haddad desempenhou um papel importante na organização da campanha presidencial de Lula. Ele é considerado o responsável por levar Alckmin (PSB) à chapa vencedora, além de fazer com que nomes históricos de outros partidos aderissem à campanha, como Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (Psol).
Com a recente indicação técnica para a Secretaria Executiva, repetiu estratégia que ocorreu na maior parte das gestões anteriores do PT e que está em linha com a composição do grupo temático de economia da equipe de transição, que era composto por quatro técnicos.
Seu principal objetivo é conciliar responsabilidade fiscal e social, no sentido de manter programas sociais que atendam a população carente sem comprometer o orçamento.
Flávio Dino (PSB): Ministério da Justiça e Segurança Pública
É formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão e tem mestrado em Direito Público pela Universidade Federal de Pernambuco Ex governador do Maranhão por dois mandatos (2015-22) foi eleito senador em 2022 para a legislatura 2023-2031. Antes de governador, foi juiz federal (1994-2006), deputado federal (2007-2011) presidente da Embratur (2011-2014) durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff.
Dino tornou se nos últimos anos uma das principais vozes de oposição ao governo de Jair Bolsonaro, especialmente no que diz respeito à gestão federal da pandemia e seus conflitos com os estados. Ele foi em toda a sua carreira política um aliado de Lula, apesar de nunca ter sido do PT – Dino é historicamente do PCdoB, mas se filiou em 2022 ao PSB.
Integrou o grupo temático Justiça e Segurança Pública da equipe de transição e, em seguida, foi anunciado para o comando do mesmo ministério Entre seus principais objetivos, ele citou reverter a flexibilização do porte de armas que foi estabelecida no governo Bolsonaro tornar a polícia menos partidária ser um intermediário entre o Congresso, o governo e o Judiciário, especialmente em questões relacionadas a denúncias de corrupção.
Geraldo Alckmin (PSB): Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
Alckmin é de Pindamonhangaba. Graduou se em Medicina pela Universidade Federal de Taubaté. Iniciou sua carreira política como vereador em sua cidade natal, onde também foi Prefeito em 1977. Foi deputado estadual e federal por São Paulo e vice-governador do Estado no Governo de Mário Covas, assumindo o posto de governador em 2001 quando Covas faleceu.
Se reelegeu em 2002 e assim permaneceu no cargo até 2006. Em 2011 foi eleito novamente, ficando até 2018. Em outras palavras, foi Governador de São Paulo por quatro mandatos.
Em 2006 e 2018 concorreu à Presidência da República, ainda pelo PSDB, mas acabou derrotado pelo Presidente Lula, na primeira disputa, e por Jair Bolsonaro, em 2018. Em dezembro de 2021 Alckmin se desfiliou do PSDB após 33 anos e em 2022 ingressou no PSB e foi eleito vice-presidente da República na chapa de Lula.
A aliança entre Lula e Alckmin foi mediada pelo ex-deputado federal Gabriel Chalita. Alckmin iniciou o novo governo com um papel importante ao Coordenar da Transição.
Gonçalves Dias: Gabinete de Segurança Institucional
Marco Edson Gonçalves Dias entrou para o Exército em 1969 por meio da Escola Preparatória de Cadetes do Exército Cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, em 1986, e a Escola de Comando e Estado Maior do Exército, em 199.
Ocupou o cargo de Comandante da 6 ª Região Militar, comandou o 19 º Batalhão da Infantaria Motorizado e a 6 ª Região Militar, responsável pela administração de pessoal e logística do Exército na Bahia.
Alcançou o posto de general e, atualmente, está na reserva Fora da carreira militar, foi secretário da Segurança da Presidência da República do governo Lula (PT), de 2003 a 2009, e chefe da Coordenadoria de Segurança Institucional da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
É conhecido por acompanhar o presidente Lula em todos os compromissos oficiais. Durante a campanha presidencial em 2022 a sua empresa de segurança foi contratada para auxiliar na montagem dos eventos de que Lula participou pelo país.
No período do governo de transição, foi indicado para integrar a equipe do grupo temático na área de inteligência estratégica. Ademais, é o interlocutor do novo governo junto às Forças Armadas.
Jader Barbalho Filho (MDB): Ministério das Cidades
Jader Filho tem 46 anos, é formado em Administração pela Universidade da Amazônia e pós-graduado em Administração Pública pela FGV É presidente do Grupo RBA (Rede Brasil Amazônia) de Comunicação, detentor do Jornal Diário do Pará, da RBA TV e de 9 rádios FM no estado do Pará.
Jader Filho é presidente do MDB do Pará, estado que elegeu 9 dos 42 deputados federais do partido para a próxima legislatura. Além disso, o Pará foi o estado da região norte que deu a maior votação para o Presidente Lula, tanto em número absolutos, quanto em percentuais. Foram mais de dois milhões e meio de votos, representando 54,75% do total de votos no estado.
O ministro pertence a uma família tradicional na política nacional e paraense. Seu pai é o senador Jader Barbalho (MDB/PA), sua mãe é a deputada federal reeleita Elcione Barbalho (MDB/PA), seu irmão mais novo é o governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB) reeleito com a maior votação proporcional do país (70,41%). A família tem ainda o seu primo de segundo grau, deputado federal reeleito José Priante (MDB/PA).
Jorge Messias: Advocacia-Geral da União
Jorge Messias é Procurador da Fazenda Nacional, Ele ingressou no serviço público após ser aprovado em um concurso para o cargo de técnico bancário na Caixa Econômica Federal. É pernambucano, graduado em Direito pela Faculdade de Direito do Recife (UFPE). Também faz parte do Grupo de Pesquisa de Instrumentos e Tecnologias de Gestão da Universidade de Brasília (UNB) onde é professor colaborador.
Durante o governo Dilma Rousseff (PT), Messias foi subchefe para Assuntos Jurídicos (SAJ) da Presidência, entre outras posições jurídicas.
No governo federal, Messias foi subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, de 2015 a 2016 secretario de Regulação da Educação Superior no Ministério da Educação, entre 2012 e 2014; e consultor jurídico nos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, em 2011 e 2012. Ele foi também Procurador no Banco Central e no BNDES, além de Assessor Parlamentar do Senador Jaques Wagner (PT/BA).
Na transição, ele participou do grupo técnico de transparência, integridade e controle A indicação do nome de Jorge tem o aval dos membros da PGFN e da AGU.
José Múcio: Ministério da Defesa
Político pernambucano com longa experiência nos poderes Legislativo e Executivo. Foi vice-prefeito e prefeito da cidade de Rio Formoso no estado de Pernambuco entre 1975 e 1983. Também assumiu o cargo de Secretário de Estado das Comunicações, Transportes e Energia durante a gestão do Governador Roberto Magalhães (1983-1986). Foi deputado federal por sete mandatos consecutivos (1991-2007). Foi Ministro das Relações Institucionais entre 2007 e 2009 durante o segundo mandato de Lula. Foi nomeado Ministro do TCU em 2009 permanecendo na corte de contas até 2020.
Apesar de ter sido ministro no segundo mandato de Lula, Múcio é considerado uma figura política neutra e com boas relações com a maioria dos atores. Nesse sentido, sua nomeação para o Ministério é percebida como um “meio termo” entre um militar e um político da esquerda.
Em seu primeiro discurso como ministro entrante, afirmou que o principal objetivo é “despolitizar” as Forças Armadas, hoje consideradas muito próximas do governo Bolsonaro Ele também nomeou os novos comandantes do Exército, marinha e Aeronáutica com base em critérios de tempo nas Forças Armadas.
Juscelino Filho (União Brasil): Ministério das Comunicações
É médico especializado em Radiologia pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, em São José do Rio Preto, em São Paulo. Começou na vida política ao lado de seu pai, Juscelino Rezende, que foi prefeito por dois mandatos na cidade maranhense de Vitorino Freire.
Em 2014, foi eleito deputado federal. Na Câmara, atuou como líder de partido (na época, o PRP Partido Republicado Progressista) e foi presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, a segunda maior da Casa. Também foi membro titular da Comissão de Constituição, de Justiça e de Cidadania e presidiu a Comissão Especial de Inovação Tecnológica de Saúde. Juscelino Filho foi reeleito em 2018 e 2022. Integra o União Brasil desde 2016 e, antes, passou pelo PMB, PRP e PSDB.
Atualmente, na Câmara, é presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e da Subcomissão Permanente de Previdência Social, além de membro titular da Comissão de Seguridade Social e Família. Já coordenou a bancada maranhense no Congresso Nacional, composta por 18 deputados federais e três senadores. Juscelino Filho também tem atuação relevante no União Brasil, no qual é vice-presidente nacional e presidente do partido no Maranhão.
Luciana Santos (PCdoB): Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Luciana Santos é natural de Recife. Presidente Nacional do PCdoB e filiada desde 1987, ela atualmente é vice-governadora do Estado de Pernambuco, eleita em 2018 como a primeira mulher a ocupar este cargo. Iniciou sua trajetória política no movimento estudantil. Em 2000 foi eleita, em segundo turno, como a primeira prefeita do PCdoB pela cidade de Olinda/PE. Em 2004 Luciana foi reeleita em primeiro turno e exerceu o mandato até 2008.
Em 2009, no governo de Eduardo Campos (PSB) assumiu como Secretária de Ciência e Tecnologia. Em 2010 deixou o cargo para candidatar se a deputada federal, elegendo se com 105.253 votos. Na Câmara, foi presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura e atuou na Frente em Defesa da Indústria Foi membro titular das comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, de Desenvolvimento Urbano e de Cultura, da qual foi vice-presidente.
Candidatou-se novamente à prefeitura de Olinda em 2016, ficando em quarto lugar, com 32.929 votos. Após a vitória de Lula, em 2022, integrou o conselho político da equipe de transição, no grupo de lideranças partidárias que coordenou os trabalhos.
Luiz Marinho (PT): Ministério do Trabalho e Emprego
Deputado federal eleito pelo PT em 2022, é o atual presidente estadual do partido em São Paulo Marinho vem de uma longa carreira como sindicalista e político. Em 1984, entrou para a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, se tornando presidente da entidade até 2003.
Nas eleições de 2002 foi candidato a vice-governador de São Paulo na chapa encabeçada pelo petista José Genoino, derrotada por Geraldo Alckmin. Em 2018 concorreu ao governo de São Paulo, mas acabou em quarto lugar.
Foi eleito presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em 2003 e, dois anos depois, recebeu convite para comandar o Ministério do Trabalho Também foi ministro da Previdência Social no segundo mandato de Lula e prefeito de São Bernardo do Campo entre 2009 e 2016.
Durante os trabalhos da equipe de transição, informou que vai propor o abandono das propostas do governo Jair Bolsonaro que tratam da criação da carteira verde amarela, que flexibiliza as regras trabalhistas, e da reforma administrativa.
Luiz Marinho se posicionou contra a privatização da Eletrobras e é a favor de uma nova reforma trabalhista.
Márcio França (PSB): Ministério de Portos e Aeroportos
É formado em Direito e filiado ao PSB há 34 anos Começou a carreira política em 1989 quando foi eleito vereador, e depois reeleito, em São Vicente, no litoral paulista. Foi prefeito por dois mandatos consecutivos da mesma cidade, entre 1997 e 2004.
Foi deputado federal por dois mandatos seguidos, entre 2007 e 2014. Em 2011, licenciou se para assumir a Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo do Estado de São Paulo, no governo Alckmin. Foi vice-governador de São Paulo e acumulou o cargo com a Secretaria de Desenvolvimento entre 2015 e abril de 2018 quando assumiu o Governo do Estado, após Alckmin renunciar para concorrer à Presidência. Nas eleições de 2018 ficou em segundo lugar na disputa pelo Governo de São Paulo, perdendo para João Doria (ex-PSDB) pela menor margem de votos na história do Estado.
Em 2020, concorreu sem sucesso ao cargo de prefeito de São Paulo. Foi pré-candidato ao governo de São Paulo, em 2022, mas deixou a disputa para apoiar Fernando Haddad (PT) e tentar uma vaga no Senado. Após liderar em todas as pesquisas de opinião, não foi eleito.
Sua esposa, Lúcia França, foi candidata a vice-governadora na chapa do candidato Fernando Haddad, em 2022. Seu filho Caio França foi eleito para o 3 º mandato consecutivo como deputado estadual.
Márcio Macedo (PT): Secretaria-Geral da Presidência da República
Macêdo já ocupou cargos nas esferas Federal, Estadual e Municipal. Foi secretário de Participação Popular da Prefeitura de Aracaju (2002-2003), superintendente do Ibama em Sergipe (2003-2006), Secretário Estadual do Meio Ambiente (2007-2010) e deputado federal (2011-2015; em 2022), cargo que deixará ao final desta legislatura, uma vez que não tentou a reeleição. Assumiu a posição apenas em 2022 após cassação do mandato de Valdevan Noventa (PL). Em 2020 disputou sem sucesso a prefeitura de Aracaju.
Possui experiência em cargos diretivos do PT já presidiu o diretório municipal (Aracaju), estadual (Sergipe) e foi tesoureiro do partido (2015-2020) – assumiu em substituição a João Vaccari Neto, que havia sido preso pela operação Lava Jato. Atualmente, é vice-presidente Nacional e foi o tesoureiro da campanha vitoriosa de Lula (PT). É considerado um homem de confiança do futuro Presidente
Sua nomeação teve apoio de Gleisi Hoffmann (PT) e se baseou no pensamento de que a pasta deveria ser ocupada por alguém do PT, dada a proximidade que possui com a Presidência por exemplo, despacha do Palácio do Planalto.
Margareth Menezes: Ministério da Cultura
Margareth Menezes é uma artista baiana, com quase 40 anos de carreira. Apesar de não ser filiada à partido político, ela tem um histórico de engajamento em causas sociais, especialmente as de direitos humanos, e apoio explícito ao campo da esquerda.
Margareth é fundadora da Associação Fábrica Cultural, organização social sem fins lucrativos que atua com cultura, educação e sustentabilidade em Salvador. Teve, primeiramente, o seu nome avalizado pela socióloga e primeira-dama do próximo governo, Rosângela da Silva, a Janja.
A ministra da Cultura do Governo Lula 3 integrou o Grupo Técnico de Cultura do Gabinete de Transição Nesse trabalho, fez uma avaliação das políticas públicas culturais do Governo Bolsonaro, apresentação de dados e sugestões para a nova gestão.
Marina Silva (Rede): Ministério do Meio Ambiente
Formada em História pela Universidade Federal do Acre. Iniciou a carreira política no movimento sindical, quando era professora, e foi uma das fundadoras da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Acre. Em 1986 já filiada ao PT, candidatou se a deputada federal, porém não foi eleita.
Foi eleita vereadora de Rio Branco/AC em 1988 e, dois anos depois, foi eleita deputada estadual. Já em 1994 chegou ao posto de senadora. No ano seguinte, ocupou a Secretaria Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT, até 1997. Reeleita em 2002 ao Senado, foi convidada para chefiar o Ministério do Meio Ambiente, de 2003 a 2008.
Em 2010, candidatou se à Presidência da República pelo Partido Verde (PV) e ficou em terceiro lugar. Concorreu ao cargo novamente em 2014, porém teve o seu registro negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e decidiu apoiar Eduardo Campos (PSD) na corrida presidencial.
Nas eleições de 2018 foi candidata, mas não foi eleita. Já em 2022, elegeu-se deputada federal e foi escolhida para o comando do Ministério do Meio Ambiente.
Para o novo governo, apresentou argumentos de que é necessária uma política transversal, com a participação de mais núcleos do governo, além da pasta do Meio Ambiente. Ademais, a redução da taxa de desmatamento é o ponto focal a ser trabalhado.
Mauro Vieira: Ministério das Relações Exteriores
O embaixador Mauro Vieira é bacharel em Direito pela Universidade Federal Fluminense e é formado pelo Instituto Rio Branco. Em 2014, recebeu o título de Doutorado Honorário de Letras pela Universidade de Georgetown em Washington, D.C.
Entre 1978 e 1999 ocupou cargos nas embaixadas do Brasil em Washington, D.C., Cidade do México e Paris, e serviu na Missão Permanente do Brasil junto à Associação Latino-Americana de Integração, em Montevidéu, entre 1982 e 1985.
No Ministério das Relações Exteriores, foi coordenador de Atos Internacionais, assistente do secretário geral, assistente do ministro de Relações Exteriores, chefe de Gabinete do secretário geral e chefe de Gabinete do Ministro das Relações Exteriores. Também atuou como vice-secretário geral de Ciência e Tecnologia do Ministério de Ciência e Tecnologia.
Em 2015, retornou ao Brasil e foi indicado como Ministro das Relaçõe Exteriores de Dilma Rousseff. Foi exonerado da chefia do Itamaraty após o impeachment da ex-presidente. Em 2016, Vieira foi nomeado pelo ex-presidente Michel Temer para o cargo de representante permanente do Brasil na ONU. No governo Bolsonaro, ele foi designado para o cargo de embaixador do Brasil em Zagreb, na Croácia.
Nísia Trindade: Ministério da Saúde
Nísia Trindade é natural do Rio de Janeiro, graduada em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, socióloga, pesquisadora e professora universitária. É presidente da Fundação Oswaldo Cruz ( Fiocruz) desde 2017. Nísia será a primeira mulher a ocupar o cargo de Ministra da Saúde.
Ela coordenou as ações da Fiocruz durante o enfrentamento da pandemia de Covid-19 no Brasil e criou o “Observatório Covid-19”, iniciativa com intenção de monitorar e divulgar informações sobre a pandemia no Brasil. Também esteve à frente das negociações entre o Ministério da Saúde, a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca para permitir que a Fiocruz fabricasse as vacinas contra Covid-19.
Integra a Zika Alliance Network, um consórcio de pesquisa multinacional de pesquisa e combate ao Zika vírus. Faz parte de diversos grupos de pesquisa da OMS-Organização Mundial de Saúde.
Paulo Pimenta (PT): Secretaria de Comunicação Social
Paulo Pimenta é jornalista e tem ainda formação técnica agrícola. Foi servidor do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER) uma autarquia do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Ingressou na carreira política ainda estudante, filiando se ao PT em 1985. Foi vereador da cidade de Santa Maria (RS) por dois mandatos, deputado estadual e vice prefeito de Santa Maria em 2000.
Eleito deputado federal pela primeira vez em 2002 no ano seguinte, após visita à sede de uma multinacional de produtos agrícolas, apresentou emenda que autorizava o plantio de soja transgênica e sua comercialização, proposta que resultou na Nova Lei de Biossegurança. Também foi relator da CPI do Tráfico de Armas e atuou em temas de segurança pública e educação.
Em 2018 e 2019 Pimenta ocupou o posto de líder do partido na Câmara, em substituição ao deputado federal Carlos Zarattini (PT/SP)
Pimenta foi eleito em 2022 para o seu sexto mandato consecutivo como deputado federal. Foi o terceiro deputado mais votado no Rio Grande do Sul, com mais de 223 mil votos.
Paulo Teixeira (PT): Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar
É formado em Direito pela Universidade de São Paulo e tem Mestrado em Direito Constitucional pela mesma instituição. O parlamentar pertence à corrente “Resistência Socialista” do PT. É irmão do deputado estadual Luiz Fernando Teixeira Durante a transição de governo, participou do grupo técnico de Justiça e Segurança Pública.
Foi eleito deputado estadual paulista em 1994 e em 1998. Exerceu os cargos de Secretário Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano do Município de São Paulo 2001 2004 e Diretor Presidente da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo – COHAB (2003-2004).
Em 2004 foi eleito vereador da cidade de São Paulo. Desde 2007 exerce o mandato de deputado federal pelo estado de São Paulo, eleito consecutivamente em 2006 2010 2014 e 2018. Na Câmara dos Deputados, foi líder do PT na casa em 2011 Foi reeleito em 2022 com 122,8 mil votos. É autor do PL que dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos, transformado na Lei 12.737/2012 também conhecida como Lei Carolina Dieckmann.
Renan Filho (MDB): Ministério dos Transportes
Foi governador de Alagoas por dois mandatos, de 2015 a 2022 Renunciou ao cargo em abril de 2022 para concorrer ao Senado Federal. Com 845.988 votos (56,92% dos votos válidos), foi eleito para seu primeiro mandado na casa. A chapa teve como primeiro suplente o empresário Fernando Farias (MDB). Adélia Maria (PV) é a segunda suplente.
Filho mais velho do senador Renan Calheiros (MDB), Renan Filho é formado em Economia e em Direito. Em 2013 concluiu um curso de extensão em políticas públicas direcionadas à primeira infância na Universidade Harvard, em Cambridge, nos Estados Unidos.
Antes de chegar ao Governo de Alagoas, foi deputado federal por um mandato 2011 a 2015 e prefeito do município de Murici, de 2005 a 2010, localizado na Zona da Mata.
Renan foi o governador eleito mais jovem da história de Alagoas em 2014, quando conquistou o cargo, tinha 35 anos. Integrou a coligação de seu correligionário Paulo Dantas, eleito Governador de Alagoas em 2022. O grupo contou com o apoio do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e do senador Renan Calheiros.
Rui Costa (PT): Casa Civil da Presidência da República
Economista, foi governador do estado da Bahia em 2014 e reeleito no primeiro turno em 2018, ficando na função até o final de 2022. Sua vida política começou na década de 1980 quando participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) na Bahia, ao lado do então governador Jaques Wagner.
Disputou seu primeiro cargo público quando concorreu a vereador de Salvador, em 2000, ficando como suplente. Novamente, disputou uma cadeira como vereador em 2004 conseguindo se eleger naquele ano. Assumiu por um breve período a Secretaria de Relações Institucionais da Bahia em 2007 interrompendo suas atividades à convite de Jacques Wagner, ficando até 2010 no cargo Foi eleito deputado federal em 2010 ocupando posições nas comissões permanentes de Defesa do Consumidor e Finanças e Tributação como membro titular Também fez parte da comissão especial de Segurança Pública e Combate ao Crime organizado.
Licenciou-se da Câmara entre 2012 e 2014 para assumir como Secretário da Casa Civil da Bahia, ainda durante o governo de Jacques Wagner. Retornou à Câmara para terminar o mandato como deputado em 2014. Foi eleito governador do estado da Bahia em 2015 permanecendo no cargo até o final de 2022 ao aceitar o convite de Lula (PT) para se tornar Ministro. Durante toda sua trajetória pública, sempre manteve o Partido dos Trabalhadores como sua única legenda.
Silvio Almeida: Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania
Doutor em Direito pela USP, mestre em Direito Político e Econômico pela Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie e bacharel em Direito pela mesma instituição. Graduado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH). Concluiu o pós-doutorado também pela Faculdade de Direito da USP.
Com forte atuação na área acadêmica, desenvolveu estudos nas áreas da filosofia e da escrita. Autor de “Racismo Estrutural” 2019 seu livro mais famoso, foi professor de Filosofia do Direito e Introdução do Estudo do Direito, atuando como docente até a atualidade. Seus temas de interesse são majoritariamente associados ao direito, à política e a questões raciais.
Possui atuação tanto no âmbito nacional quanto no internacional, tendo lecionado como professor visitante em Nova Iorque, e, tempos depois, no Condado de Durham. É presidente do Instituto Luiz Gama, instituição que trabalha com Direitos Humanos, tema que também está presente em suas obras. Em 2020 ingressou no cargo de colunista do jornal Folha de São Paulo.
Sua nomeação indica o ingresso na vida política, ocupando, pela primeira vez, um cargo político.
Simone Tebet (MDB): Ministério do Planejamento e Orçamento
Simone Tebet é advogada e professora. É formada pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro e, durante 12 anos, trabalhou como docente de Direito Público e Administrativo em diferentes instituições. Simone é filha do ex-presidente do Senado, Ramez Tebet, que também foi ministro durante o Governo Fernando Henrique Cardoso.
Simone atuou como consultora jurídica e foi diretora da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul. Em 2002, aos 31 anos, foi eleita deputada estadual e, em 2004, foi a primeira mulher eleita prefeita de Três Lagoas. Quatro anos depois, em 2008, conseguiu ser reeleita prefeita, com 76% dos votos válidos. Em 2010 pediu licença do cargo e se candidatou a vice-governadora do MS.
Venceu e, pela primeira vez, uma mulher assumiu a cadeira. Ocupou a Secretaria de Governo da gestão até o início de 2014 quando se candidatou à vaga de senadora da República. Com uma votação expressiva de 52% dos votos válidos, foi eleita senadora pelo Mato Grosso do Sul.
No Senado Federal, liderou a primeira bancada feminina da história e tornou-se presidente da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher. Foi também a primeira mulher a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Depois de ganhar projeção nacional na CPI da Covid, foi candidata pelo MDB à Presidência e terminou a disputa em terceiro lugar, com 4,9 milhões de votos.
Sônia Guajajara (PSOL): Ministério dos Povos Indígenas
Está em seu primeiro mandato como deputada federal, sendo a primeira indígena eleita por São Paulo, com 156.966 votos em 2022. Nesse ano, foi considerada como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time.
Atualmente, a liderança indígena é Coordenadora Executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e integrante do Conselho da Iniciativa Inter religiosa pelas Florestas Tropicais do Brasil, iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Sua trajetória política começou em 2018 quando foi lançada como pré-candidata a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Guilherme Boulos, líder do MST, tornando se a primeira pré-candidata de origem indígena à presidência da República.
Na campanha, prometeu trazer as vozes dos povos originários para o debate político Suas principais bandeiras são a defesa da Amazônia e da Mata Atlântica, a defesa dos direitos das minorias, o respeito à diversidade e à pluralidade e a reconstrução da democracia no Brasil.
Vinicius Marques: Controladoria-Geral da União
É formado em Direito pela Universidade de São Paulo, tem doutorado em Direito pela mesma universidade, além de doutorado em Direito Comparado pela Université Paris 1 Pantheon-Sorbonne (2007). Foi especialista em políticas públicas e gestão governamental do governo federal de 2006 a 2016 secretário de Direito Econômico entre 2011 e 2012 presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de 2012 a 2016 e Yale Greenberg World Fellow em 2016.
Atualmente, é Professor Doutor do Departamento de Direito Comercial da Universidade de São Paulo e sócio do escritório VMCA Tem experiência na área de direito concorrencial, atuando principalmente nos seguintes temas antitruste, politicas públicas, regulação econômica e compliance.
Já foi filiado ao PT e trabalhou, entre 2003 2004 no gabinete do ex-deputado estadual paulista Simão Pedro (PT/SP).
Waldez Góes (PDT): Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional
Formado em Políticas Públicas pela UFRJ Waldez é filiado ao PDT desde 1989 e governa o Amapá, com mandato até 2022. É governador pela quarta vez (eleito em 2002, 2006, 2014 e 2018). Também foi deputado estadual por dois mandatos, nos anos 1990.
Na eleição presidencial indicou apoio no 1 º turno ao candidato do seu partido, Ciro Gomes. No 2 º turno, apoiou Lula. “Diante do atual quadro político nacional, em que o presidente relativiza a democracia e trata com desmazelo o riquíssimo patrimônio ambiental brasileiro, a união de nossas forças pela democracia mostra se fundamental. Pedimos o engajamento na candidatura de Lula”, disse à época.
Góes foi selecionado para o Ministério da Integração também devido ao seu bom relacionamento e fácil trânsito com governadores, em especial com os estados do Norte.
Na política local, Waldez Goés elegeu o seu sucessor para o Governo do Estado, Clécio Luís (Solidariedade), ex-prefeito de Macapá e eleito em 1 º turno com 53,69% dos votos válidos. Sua coligação elegeu 6 dos 8 deputados federais, sendo 3 deles do seu partido, PDT. Waldez não concorreu a nenhum cargo público nas eleições de 2022.
Wellington Dias (PT): Ministério do Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome
É formado em Letras pela UFPI e tem especialização em Políticas Públicas e Governo pela UFRJ. É filho de Joaquim Antônio Neto, ex-prefeito de Paes Landim/PI (1972) e de Teresinha, que também é política, É casado com a deputada federal Rejane Dias (PT).
Antes de entrar na vida política, foi radialista e gerente no Banco do Nordeste, até passar no concurso da Caixa Econômica Federal. Essa trajetória levou à indicação para a presidência da Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal (APCEF) entre 1986 e 1989, e do Sindicato dos Bancários do Estado do Piauí, de 1989 a 1992.
Filiou-se ao PT em 1985 e, desde então, exerce forte atuação política. Tem histórico como militante, tendo participado da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Entrou na política em 1992 ao se tornar vereador de Teresina, renunciando dois anos depois para concorrer a deputado estadual, cargo que exerceu por um mandato.
Em seguida, exerceu as funções de deputado federal, senador e governador por quatro mandatos (2003-2010 e 2015-2022). Em 2022, pleiteou novamente um cargo no Senado, sendo eleito com 941.444 votos. Comandou as negociações do Orçamento de 2023 durante a transição.