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Luciana Santos: “agora a ciência passa a ter prioridade no Brasil”

    Anunciada como ministra de Ciência do futuro governo Lula, Luciana afirmou que vai rever medidas que levaram ao recuo do setor e buscar recursos para investimentos.

    ndicada nesta quinta-feira (22) pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos (PCdoB) critica os retrocessos impostos à área pelo governo Jair Bolsonaro (PL). “Prevaleceu o negacionismo”, diz Luciana em entrevista ao O Globo.

    Segundo ela, a pasta tem de rever medidas que levaram ao recuo do setor e buscar recursos para investimentos. “Agora, a ciência passa a ter prioridade no Brasil”, declara.

    Presidenta nacional do PCdoB e atual vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos é a primeira mulher indicada para comandar o Ministério, 37 anos após a sua criação. Com formação em Engenharia Elétrica, ela foi prefeita de Olinda e deputada federal. Também já foi secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente.

    Enquanto deputado federal, Luciana integrou a comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara. Foi titular nas comissões especiais do Código Nacional de Ciência e Tecnologia; de Atividades de Ciência, Tecnologia e Inovação e de Proteção à Saúde e ao Meio Ambiente. Também atuou na construção do Marco Legal da CT&I. Ela também fez parte do Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Casa.

    Leia também: Luciana Santos será ministra da Ciência e Tecnologia no governo Lula

    Em sua opinião, é necessário “restaurar a pujança e a força do sistema nacional de ciência e tecnologia”, que foi desconstruído pelo governo nos últimos quatro anos.

    Para recompor a governança das ações do ministério, Luciana quer abrir canais de participação mais amplos para a comunidade científica, tecnológica, empresarial e de inovação.

    Ela levantou preocupação com os cortes consecutivos no orçamento do ministério que acumularam perda em torno de 70%. Segundo ela, os recursos do Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia tiveram uma redução de R$ 5,5 bilhões para R$ 500 milhões.

    Assegurou ainda, em entrevista ao jornal, que pretende reajustar o valor das bolsas de mestrado e doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

    “As bolsas estão congeladas desde 2013. É preocupante, é um desrespeito ao capital humano”, afirma. O percentual a ser aplicado não está definido, mas deve ser equivalente à inflação do período.

    Diagnóstico e indicações

    Ainda nesta tarde, a futura ministra participou de reunião com integrantes do grupo de trabalho (GT) de Ciência e Tecnologia do gabinete de transição. No encontro, a equipe apresentou as principais conclusões do relatório da transição e apresentou sugestões das principais tarefas necessárias para alavancar o setor.

    Fonte: Vermelho

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