O Movimento de Defesa da Soberania Nacional – MDSN, fundado em 19 de novembro do corrente ano, já nasceu em meio à luta política pela soberania. Supreendido, como muitos, com o anúncio de venda da Copel pelo governo do Paraná, o movimento publicou mensagem aos paranaenses e aos parlamentares estaduais, considerando inconstitucional e ilegal a tentativa do Governador Ratinho Massa Junior de vender o controle acionário da Companhia Paranaense de Energia – COPEL. Ainda mais, sem apresentar nenhuma razão fática para decisão tão grave, com o agravante de fazê-lo quase clandestinamente, sob regime de urgência no Legislativo, sem qualquer diálogo com a sociedade civil às vésperas da posse do novo governo federal.
“Em primeiro lugar, somos contra porque a Companhia é paranaense e nela, quem tem o controle acionário é o povo do Paraná e não acionistas milionários espalhados pelo mundo afora. Em segundo lugar, porque a Companhia é de energia, item essencial para a vida humana, para a competitividade de nossa indústria, do comércio e da agricultura.”, diz a mensagem do MDSN disponível na íntegra no site do movimento (https://mdsn.com.br/copel/).
Na visão do movimento, o destino da Copel é o roteiro já conhecido de malfadadas privatizações cuja reversão é hoje uma tendência mundial: piora na qualidade do serviço, precarização das condições de trabalho, não realização de programas sociais de atendimento da população mais pobre e, principalmente, o encarecimento da tarifa, que afetará de maneira covarde os orçamentos das famílias paranaenses que já enfrentam dificuldades com a inflação e o aumento da pobreza.
O MDSN tem dialogado com sindicatos e advogados da causa da soberania para discutir alternativas judiciais para o questionamento da venda, de forma a impedir que o Executivo dê continuidade ao processo após essa autorização da Assembleia Estadual do Paraná votada nos dias 23 e 24 de novembro. O movimento também mantém contato com parlamentares para a contínua denúncia e disputa política da narrativa que o governo estadual e os liberais de plantão tentam emplacar como verdadeira, alegando necessidade de recursos financeiros para uma empresa que tem mantido níveis de lucro anualmente. O deputado estadual do Paraná, Arilson Chiorato, e o deputado federal eleito pela Paraná, Tadeu Veneri, fazem parte do Movimento de Defesa da Soberania Nacional, como membros do seu Conselho Administrativo.
O MDSN é uma entidade suprapartidária que defende o princípio fundamental do Estado Democrático de Direito e da soberania do povo sobre o Estado brasileiro, suas empresas estratégicas e os recursos naturais do país. Escolheu sua direção nacional em Assembleia Geral de Fundação realizada no dia 19 de novembro em Curitiba, sede da entidade.
Ao institucionalizar o movimento, a primeira Coordenação Executiva terá como Presidente de honra o deputado constituinte Vivaldo Barbosa, ex-presidente nacional do PDT; como Coordenador Geral o empresário Ivo Pugnaloni, ex-presidente da COPEL Distribuição; como Vice-Coordenador Geral o geólogo Guilherme Estrella, ex-diretor de exploração da PETROBRAS; e como Secretário Geral o também deputado constituinte Nelton Friedrich, ex-diretor da ITAIPU, entre outros dirigentes e membros de todas as regiões do Brasil.
Para Pugnaloni, Coordenador Geral e engenheiro eletricista, a data de fundação do movimento coincidiu com dois eventos históricos, um deles, honroso, o dia da Bandeira, criada nessa data em 1889, dias depois de a família franco-lusitana dos Orleans e Bragança, até então soberanos, serem destituídos do poder e da criação da República, que deu a soberania ao povo, através de seus representantes eleitos.
O outro evento, desonroso, o dia da traição à própria palavra empenhada que algum político brasileiro jamais cometeu, quando o governo estadual do Paraná tentou mais uma vez legitimar a venda do controle acionário da COPEL – melhor empresa de energia do Brasil e símbolo da soberania do povo paranaense sobre o Estado -, fazendo-a às pressas para fugir de possível resistência às privatizações que o próximo governo Lula com certeza trará.
Na ocasião foram também escolhidos para a direção a advogada, professora e pesquisadora da UFPR, Rita de Cássia Lins e Silva, de Pernambuco, Coordenadora Jurídica e de Arrecadação; de Rondônia, o eletricitário Nailor Galo, 1º Secretário para Articulação com Movimentos Populares; do Paraná, Nicole Kyvria Luy, mestra em políticas públicas pela UFPR, 2ª Secretária para Comunicação Social; do Rio Grande do Norte, o geólogo Carlos Augusto de Medeiros Filho, Coordenador de Expansão; e de Goiás, o comunicador popular Valdeci Pereira Borges, Coordenador de Eventos.
O MDSN publica periodicamente notícias sobre sua atuação e sobre o tema da Soberania Nacional em seu site https://mdsn.com.br, e está nas redes sociais como @mdsnbrasil no Instagram e no Facebook.
Redação – 27/11/2022
