“Isso tem que acabar”, diz Bacelar
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) criticou nesta quinta-feira (2) o ‘megadividendo’ prometido pela Petrobrás a seus acionistas, no valor de R$ 215,7 bilhões, referente a 2022.
“Os resultados financeiros e operacionais da Petrobrás anunciados na noite desta quarta-feira, 1º, com lucro recorde e megadividendos, reafirmam a necessidade urgente de mudanças na política de preços dos combustíveis, que transformou a empresa numa máquina de pagar dividendos a acionistas”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
Segundo Bacelar, com a política de preço de paridade de importação (PPI), a Petrobrás foi organizada de forma a gerar e distribuir dividendos. Adotado por Temer, em 2016, e mantido por Bolsonaro, o PPI reajusta os combustíveis com base na cotação internacional do barril de petróleo, variação cambial e custos importação de derivados.
Ao longo de 2022, a Petrobrás registrou, mais uma vez, tímida política de investimentos, com encolhimento de patrimônio e perda de capacidade produtiva. No ano passado, a estatal investiu menos de US$ 10 bilhões, 17% abaixo do previsto para o ano no Plano Estratégico 2022-26, e 80% inferior ao patamar de investimentos anuais observado em 2010/2013.