O povo nos elegeu para recuperar a dignidade do povo, a qualidade do ensino fundamental, o fortalecimento do SUS, o direito do trabalho, a igualdade entre mulheres e homens no mercado de trabalho, afirmou o líder petista
Em pronunciamento durante reunião em Brasília na tarde desta terça (13) em que foi apresentado o relatório final dos grupos de trabalho criados para elaborar um diagnóstico das contas públicas e da situação do país, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, sublinhou que nas eleições de outubro teve de enfrentar não um candidato mas o próprio Estado nacional.
Aparelhamento do Estado
“Nunca o Estado brasileiro esteve a serviço de um candidato como esteve nessas eleições a favor de Jair Bolsonaro”, afirmou. “Um cidadão que nunca fez uma reunião com os sindicalistas, nunca fez uma reunião com os movimentos sociais, as mulheres, os negros, foi um presidente que se trancou numa redoma e fez o que bem queria”, complementou.
Ele salientou ainda a necessidade de “recuperar o prestígio do Brasil no mundo e acabar com o complexo de vira-latas”. Em sua opinião, o líder da extrema direita brasielra “está nos mostrando o que ele é agora”
“Eu perdi três eleições, em todas essas ocasiões eu voltei para casa, chorei, mas respeitei os resultados e cumprimentei o vitorioso”, lembrou. “Este cidadão até agora não reconheceu a derrota e continua incentivando os fascistas que estão aterrorizando Brasília e pensa que o governo é propriedade particular sua, não é, é do povo brasileiro”.
Rito fascista
Lula observou que Jair Bolsonaro “segue o rito que todos os fascistas seguem. É importante a gente saber que ele faz parte de uma organização de extrema direita que não existe só no Brasil, mas nos Estados Unidos, na Hungria, até na nossa querida Argentina e em vários países do mundo, mas apesar da tentativa de fazer a farra do boi com dinheiro público ele perdeu as eleições”.
Indo ao encontro das demandas das centrais sindicais e dos movimentos sociais, o presidente eleito prometeu prioridade à educação e saúde, além de reiterar o compromisso de acabar com a fome e assegurar a todos os brasileiros e brasileiras as três refeições diárias.
“Eu quero assumir o compromisso com a educação básica, com o ensino fundamental. Não é possível que a gente não compreenda a necessidade desses meninos terem escola, dessas meninas terem escolas, inclusive em tempo integral. Teremos como resultado menos violência, menos desigualdades, maior tranquilidade e mais bem estar social”, enfatizou.
Outra questão que encabeça a lista de prioridade do presidente eleito é a saúde. Em sua opinião, o SUS (Sistema Único de Saúde) tem um “papel sagrado, de extrema importância”, e deve ser fortalecido. “A saúde é uma coisa fundamental, pessoas de classe média podem pagar um plano de saúde privado, mas as pessoas pobres, que não têm plano de saúde, são obrigadas a esperar meses por um especialista e muita gente morre na fila de uma consulta. Já as despesas do plano de saúde privado podem ser descontadas do Imposto de Renda. Ou seja, no final das contas é o pobre quem paga. Isto tem de ser corrigido. A palavra é cuidar e não governar”, concluiu Lula.
Fonte: Site da CTB