O suprapartidário Movimento em Defesa da Soberania Nacional – MDSN, escolheu o último
domingo antes do segundo turno das eleições presidenciais para divulgar, nas redes e nas ruas, o seu
Manifesto e Abaixo Assinado que já conta com mais de 1000 assinaturas contra a venda da Eletrobrás,
Petrobrás, Correios, Caixa Econômica, Banco do Brasil e outras empresas que fazem parte do
patrimônio do povo brasileiro.
“Nossa intenção inicial era lançar nossos documentos para assinatura do público no Auditório da
Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro. Faríamos isso para lembrar o gesto dos militares
e civis que ali lançaram a Campanha Petróleo é Nosso em 1948, de forma suprapartidária. Mas as
eleições anteciparam nosso posicionamento a favor de Lula, o candidato que é a favor da soberania do
povo brasileiro sobre o estado”, explica o economista Marcelo Gonçalves Marcellino, professor da
Universidade Federal do Paraná, um dos coordenadores do MDSN.
“O simbólico tem grande importância preservação da soberania de um povo sobre as suas riquezas
naturais e o seu estado. A mídia moderna mundial, sempre agindo em interesse próprio, sabe dessa
importância para o imaginário popular. E por isso faz campanha noite e dia para que os povos do mundo
inteiro para que se desfaçam, de forma impensada, de seu patrimônio, do seu ambiente, do seu petróleo,
de suas hidrelétricas, de suas demais riquezas minerais, portos, sistema bancário e correios, por isso
escolhemos a ABI, sempre à frente das causas do povo brasileiro” disse o professor.
“Mas nesse grave momento que coloca de um lado um ex-tenente, excluído do Exército Brasileiro por
planejar atentado a bomba contra um quartel, com atitudes que atentam contra a soberania nacional
como usar em campanha eleitoral a empresas de tecnologia que manipularam as eleições de Trump, do
Brexit e do Brasil e de outro lado, um ex-metalúrgico que defende a soberania, que defendeu a Petrobrás
estatal e o fim das privatizações, decidimos pelo segundo. E temos certeza, decidimos por Lula, tal como
decidiriam se estivessem vivos os generais e marechais José Caetano Horta Barbosa, Henrique Teixeira
Lott, Estillac Leal, Artur Bernardes, Felicíssimo Cardoso. E outros militares que em silêncio, são a favor
do monopólio estatal do petróleo, como base de nossa soberania”, completou Marcellino.
Os documentos de fundação do MDSN ficarão disponíveis até o dia 5 de novembro próximo para
assinatura no site do movimento na internet. Por uma ironia do destino, o MDSN foi fundado em
Curitiba, cidade onde funcionou a Lava-jato, mas sua sede deverá ser transferida para a Capital federal.
Entre os membros do coletivo fundacional estão militares, advogados, engenheiros, acadêmicos,
estudantes, jornalistas, sindicalistas, médicos, além de dois dos deputados constituintes de 1988, como
Nelton Friedrich, Vivaldo Barbosa, Maria Lúcia Fatorelli, o coronel Ivan Cavalcanti Proença, Guilherme
Estrella, Gilberto Bercovici, Clair da Flora Martins, Ildo Sauer, Beto Almeida, Pedro Augusto Pinho,
Felipe Coutinho, Francis Bogossian, Marcio Girão, Marco Aurélio Carone e Roberto D’Araujo, além
de empresários e trabalhadores do petróleo, da energia, do meio ambiente, portos, correios, bancos, etc.
“Como fazemos há três meses, lançaremos o Manifesto do MDSN para assinatura nas ruas e nas redes
nos juntando aos milhões que defendem a soberania do povo brasileiro, pois este é o princípio inscrito
no inciso primeiro, do artigo primeiro da nossa Constituição. Afinal, abandonar as ruas e a conversa
diária com o povo todos os dias seria o melhor caminho para desistir do país como um todo”, disse o
jornalista Beto Almeida também coordenador do MDSN.